--

Programa de Pós Graduação em Engenharia Agrícola (PPGEA) 

UNIVASF 

Seleção 2024.1 

 

Estão abertas as inscrições da seleção de mestrado do programa de pós graduação em engenharia agrícola.

O prazo das inscrições vai de 15 a 29 de Janeiro de 2024. 

Para se inscrever os candidatos devem seguir as instruções dispostas no edital.

 

--

Programa de Pós Graduação em Engenharia Agrícola (PPGEA) 

UNIVASF 

Seleção 2024.1 

 

Estão abertas as inscrições da seleção de mestrado do programa de pós graduação em engenharia agrícola.

O prazo das inscrições vai de 15 a 29 de Janeiro de 2024. 

Para se inscrever os candidatos devem seguir as instruções dispostas no edital.

 

AS CHUVAS EM JUAZEIRO/BA E PETROLINA/PE EM 2022


UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - UNIVASF

LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA - LABMET

BOLETIM TÉCNICO SOBRE AS CHUVAS EM PETROLINA/PE E JUAZEIRO/BA NO PERÍODO DE JANEIRO A ABRIL DE 2022

 

Neste Boletim é feita uma análise do comportamento das chuvas em Petrolina e Juazeiro no período de janeiro a abril de 2022. Assim, considerando-se as chuvas observadas nos primeiros quatro meses de 2022, comparou-se os volumes registrados em cada mês com o total de chuva esperado para cada baseando-se nas observações realizadas entre 2008 e 2021. Cabe salientar que embora o referido período seja menor que 30 anos, tais observações ainda são capazes de representar bem a tendência de chuvas dos últimos 14 anos na duas cidades. Portanto, esses resultados permitem identificar se as chuvas ficaram acima, abaixo ou dentro da média mensal nestes primeiros quatros meses de 2022.

As estações meteorológicas contempladas neste boletim estão situadas nos campi da UNIVASF, em Petrolina/PE no Campus Ciências Agrárias (CCA) e em Juazeiro/BA no Espaço Plural.

 

A análise para Janeiro de 2022

Conforme pode ser observado na tabela abaixo, durante o mês de janeiro a precipitação total ficou acima da média nas duas estações. A maior diferença entre o total observado e o esperado ocorreu na estação de Juazeiro-BA.

CIDADE / ESTAÇÃO

Unidade

JAN. 2022

(mm)

MÉDIA

(mm)

2022 - MÉDIA

(mm)

PERCENTUAL

(%)

Petrolina / Ciências Agrárias

89,2

57,8

31,4

54,3

Juazeiro / Espaço Plural

131,3

63,8

67,5

105,8

 

 

 

 

 

 

 

A análise para Fevereiro de 2022

De acordo com a tabela a seguir, o mês de fevereiro de 2022 teve um total de chuvas ligeiramente abaixo do volume esperado, sendo a maior diferença sobre a estação de Petrolina, 13,6% abaixo da média.

CIDADE / ESTAÇÃO

Unidade


FEV. 2022

(mm)

MÉDIA

(mm)

2022 - MÉDIA

(mm)

PERCENTUAL

(%)

Petrolina / Ciências Agrárias

68,2

78,9

-10,7

-13,6

Juazeiro / Espaço Plural

68,3

72,4

-4,2

-5,6

 

 

 

 

 

 

 

A análise para Março de 2022

Já no mês de Março, as chuvas ficaram 33,4% acima do esperado na cidade de Juazeiro, enquanto que em Petrolina o total precipitado foi inferior ao volume esperado. Todavia, a diferença foi mínima.

CIDADE / ESTAÇÃO

Unidade

MAR. 2022

(mm)

MÉDIA

(mm)

 

 2022 - MÉDIA

(mm)

PERCENTUAL

(%)

Petrolina / Ciências Agrárias

47,2

50,7

-3,5

-6,9

Juazeiro / Espaço Plural

84,3

63,2

21,1

33,4

 

 

 

 

 

 

 

A análise para Abril de 2022

Por fim, o mês de abril teve um total acima do esperado na estação de Petrolina, enquanto que a estação de Juazeiro-BA registrou um volume total bem abaixo do esperado, 77% menor.

CIDADE / ESTAÇÃO

Unidade


ABR. 2022

(mm)

MÉDIA

(mm)

2022 - MÉDIA

(mm)

PERCENTUAL

(%)

Petrolina / Ciências Agrárias

60,0

53,1

6,9

13,0

Juazeiro / Espaço Plural

14,7

63,9

-49,2

-77,0

 

 

 

 

 

 

 

Total observado entre Janeiro e Abril de 2022

Na estação de Juazeiro/BA, situada no Espaço Plural o índice total acumulado de 01 de Janeiro até 30 de Abril atingiu 298,7 mm. Já na estação de Petrolina/PE situada no Campus de Ciências Agrárias (CCA), o índice total acumulado no mesmo período foi 264,6 mm. Em ambas as estações os índices  registrados de chuva nos quatro primeiros meses de 2022, superraram o índice médio esperado para o referido período, e a maior contribuição dessas chuva ocorreu no mês de Janeiro.

 

Precipitação Esperada entre Janeiro e Abril de 2022


Juazeiro-BA = 263,3 mm

Petrolina-PE = 240,5 mm

 

Gráficos da precipitação média mensal  (2021-2022)


Total observado=673.2 mm       Total esperado=376.4 mm         Diferença=296.8 mm

Juazeiro=78.85% acima da média

 

Total observado= 568.7 mm          Total esperado = 347.8 mm            Diferença=220.9 mm

Chuva Petrolina=63.5% acima da média.


Conclusão

Considerando todo o período chuvoso de outubro de 2021 a abril de 2022, os acumulados de chuvas registrados nas duas cidades, foi superior ao total esperado para esse período (MÉDIA DO PERÍODO), no qual destaca-se o mês de dezembro de 2021 que teve uma precipitação acumulada bastante acima dos valores esperados para dezembro, conforme pode ser observado no gráfico acima. Em resumo, para esse período chuvoso, Juazeiro teve cerca de 79% de chuva acima do esperado, enquanto Petrolina teve em torno de 64% acima de chuva da chuva média esperada. Isso mostra que nas duas cidades os índices de chuva registrados foram muito bons.

 

AS CHUVAS EM PATOS/PB E REGIÃO EM 2022

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - UNIVASF

LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA - LABMET

BOLETIM TÉCNICO SOBRE AS CHUVAS EM PATOS/PB E REGIÃO NO PERÍODO JANEIRO A MARÇO DE 2022

 

Neste Boletim é feita uma análise do comportamento das chuvas em Patos e região no período de janeiro a março de 2022. Ou seja, comparou-se as chuvas observados nos três primeiros meses de 2022, com as médias históricas de chuvas registradas pela SUDENE. Foram contempladas inicialmente as cidades da região que têm 60 anos ou mais de dados de chuva: Catingueira, Condado, Desterro, Imaculada, Mãe D’ Água, Malta, Passagem, Patos, Salgadinho, Santa Luzia, São Mamede, São José de Espinharas, Teixeira e Vista Serrana. Também, são mostrados os dados de chuvas registrados no mesmo período nas cidades de Areia de Baraúnas, Cacimbas, Cacimba de Areis, Quixaba, São José do Sabugi, São José do Bonfim e Várzea. Porém, como estas cidades ainda não têm uma série de dados de chuvas igual ou maior do que 30 anos, não foi possível fazer-se comparação detalhada como no caso das outras 15 cidades.

A análise para janeiro de 2022

Conforme pode ser observado na Tabela 1, em todas as 15 primeiras cidades, os índices de chuva em janeiro foram superiores ao índice médio esperado para o referido mês. Com destaque para as cidades de Desterro e Vista Serrana que tiveram os maiores percentuais de chuva em relação à média (581,4% e 509,7%). Ou seja, nestas duas cidades choveu respectivamente, cerca de 6 e 5 vezes o índice esperado para janeiro. O índice médio de chuva na região foi bastante expressivo (211,1%), cerca de duas vezes o valor esperado para o mês.

O maior índice chuva foi registrado em Condado (345,7 mm), esse valor representa cerca de 4 vezes a média de chuva esperada para o mês de janeiro (71,4 mm). No entanto, em Desterro, apesar de ter chovido menos do que em Condado (241,2 mm), teve proporcionalmente em janeiro o maior índice de chuva em relação à média (35,4 mm), cerca de 6 vezes a chuva esperada para o este mês, seguida da cidade de Vista Serrana, que choveu 252,4 mm, cerca de 5 vezes a chuva esperada para o mês de janeiro (41,2 mm). Na região como um todo, o índice médio de chuva em janeiro foi de 199,3 mm, cerca 3 vezes a média esperada em janeiro (65,2 mm). Portanto, em Patos e toda região circunvizinha, janeiro de 2022 foi muito chuvoso.

Tabela 1. Índice de chuva de janeiro/2022; índice médio de janeiro; diferença entre o índice de janeiro/2022 e a média de janeiro; e o percentual em relação à média de janeiro.

 

CIDADE

JANEIRO
DE 2022 (mm)

MÉDIA

DE JANEIRO

(mm)

DIFERENÇA

JANEIRO

2022 -MÉDIA

(mm)

ÍNDICE

PERCENTUAL

(%)

CATINGUEIRA

331,0

84,7

246,3

290,8

CONDADO

345,7

71,4

274,3

384,2

DESTERRO

241,2

35,4

205,8

581,4

IMACULADA

217,4

53,5

163,9

306,4

MÃE D'ÁGUA

233,5

68,6

164,9

240,4

MALTA

264,7

66,4

198,3

298,6

PASSAGEM

117,7

70,4

  47,3

  67,2

PATOS

191,1

65,6

125,5

191,3

SALGADINHO

  96,7

32,1

  64,6

201,2

SANTA LUZIA

144,1

44,5

  99,6

223,8

SANTA TEREZINHA

191,1

74,8

116,3

155,5

SÃO MAMEDE

115,3

68,5

  46,8

  68,3

SÃO JOSÉ DE ESPINHARAS

219,7

83,2

136,5

164,1

TEIXEIRA

135,9

66,9

  69,0

103,1

VISTA SERRANA

252,4

41,4

211,0

509,7

REGIÃO

199,3

 65,2

134,1

305,7

                                                                    Fonte dos dados: AESA/PB

A análise para fevereiro de 2022

Contudo, apesar de janeiro ter sido muito chuvoso, pode ser observado na Tabela 2, que em fevereiro apenas nas cidades de Mãe D’Água, Desterro e Vista Serrana, os índices de chuva foram acima da média (135,9 mm; 127,8 mm e 98,0 mm, respectivamente). Nas demais cidades, os índices foram abaixo da média, com destaque para Imaculada e Salgadinho que tiveram os menores índices de chuva (21,5 mm e 36,7 mm, respectivamente). Na região como um todo, o índice médio de chuva foi de apenas 82,2 mm, valor que representa apenas 66,1% da média esperada para a região em fevereiro (124,3 mm). Portanto, as chuvas registradas no mês de fevereiro em Patos e praticamente em quase toda região circunvizinha, tiveram índices abaixo da média esperada e bem baixos, comparados aos índices registrados no mês de janeiro.

Tabela 2. Índice de chuva de fevereiro/2022; índice médio de fevereiro; diferença entre o índice de fevereiro/2022 e a média de fevereiro; e o percentual em relação à média de fevereiro.

CIDADE

FEVEREIRO

DE 2022

(mm)

MÉDIA

DE

FEVEREIRO

(mm)

DIFERENÇA

FEVEREIRO

2022 -MÉDIA

(mm)

ÍNDICE

PERCENTUAL

(%)

CATINGUEIRA

100,6

156,2

-55,6

        -35,6

CONDADO

103,3

130,6

-27,3

-26,9

DESTERRO

127,8

  87,6

40,2

45,9

IMACULADA

21,5

106,6

-85,1

-79,8

MÃE D'ÁGUA

135,9

123,9

12,0

9,7

MALTA

63,7

123,6

-59,9

-48,5

PASSAGEM

104,9

141,4

-36,5

-25,8

PATOS

97,6

132,6

-35,0

-26,4

SALGADINHO

36,7

  64,8

-28,1

-44,2

SANTA LUZIA

56,8

102,7

-45,9

-44,7

SANTA TEREZINHA

99,5

161,8

-62,3

-29,5

SÃO MAMEDE

61,9

148,0

-86,1

-58,2

SÃO JOSÉ DE ESPINHARAS

63,8

153,3

-89,5

-58,4

TEIXEIRA

61,1

142,5

-81,4

-56,1

VISTA SERRANA

98,0

  88,8

   9,2

         10,4

REGIÃO

82,2

124,3

-42,9

-33,9

                                                                                 Fonte dos dados: AESA/PB

A análise para março de 2022

Conforme pode ser observado na Tabela 3, em 13 cidades, os índices de chuva em março foram superiores ao índice médio esperado para o referido mês. Com destaque para Catingueira com 384,8 mm e, para as cidades de Patos e Imaculada que tiveram índices de 391,9 mm e 336,8 mm, respectivamente, os maiores percentuais de chuva acima da média (89,4% e 95,8%). Ou seja, choveu respectivamente nestas duas cidades, cerca de 2 vezes o índice esperado para março. No entanto, a cidade de Mãe D’Água em março teve um índice de chuva 62,8 mm menor do que a média, enquanto Santa Teresinha teve um índice de chuva menor de apenas 2,8 mm, o que pode ser considerado como igual a média. No caso da região o índice médio em março foi de 246,4 mm, o que corresponde a 51,9 mm, acima da média esperada para o mês ou 28,9% superior à média.

Tabela 3. Índice de chuva de março de 2022; índice médio de março; diferença entre o índice de março/2022 e média de março; e o percentual em relação à média de março.

CIDADE

MARÇO

DE 2022

(mm)

 

MÉDIA

DE MARÇO

(mm)

DIFERENÇA

MARÇO

2022 -MÉDIA

(mm)

ÍNDICE

PERCENTUAL

(%)

CATINGUEIRA

384,8

259,6

125,2

48,2

CONDADO

217,6

214,8

    2,8

1,3

DESTERRO

172,7

138,4

  34,3

24,8

IMACULADA

336,8

169,4

167,4

95,8

MÃE D'ÁGUA

149,8

212,6

 -62,8

-29,5

MALTA

229,9

219,2

  10,7

4,9

PASSAGEM

234,1

177,6

  56,5

31,8

PATOS

391,9

206,9

185,0

 89,3

SALGADINHO

179,7

110,6

  69,1

 62,5

SANTA LUZIA

210,6

157,1

  53,5

 22,3

SANTA TEREZINHA

220,2

223,0

  -2,8

 -1,3

SÃO MAMEDE

241,6

215,2

  26,4

 12,3

SÃO JOSÉ DE ESPINHARAS

252,3

246,3

    6,0

   2,4

TEIXEIRA

217,6

215,4

    2,2

   1,0

VISTA SERRANA

256,0

150,8

105,2

67,3

REGIÃO

246,4

194,5

  51,9

 28,9

                                                                                 Fonte dos dados: AESA/PB

A análise para o período janeiro a março

Tomando-se como base os dados constantes da Tabela 4, pode se constatar que nos três primeiros meses de 2022, em Patos e nas 14 cidades circunvizinhas analisadas, as chuvas apresentaram índices acima da média. Ou seja, 531,5 mm, o que representa 150,6 mm acima do índice esperado para o período (44,1% maior do que a média). A cidade de Catingueira foi a que teve o maior índice de chuva em toda região (816,4 mm), o que representa 66,1% acima média esperada para o período. Entretanto, em 3 cidades, os índices ficaram um pouquinho abaixo da média: Santa Teresina -4,7 mm (-1,0%); São Mamede -12,9 mm (-3,0%) e Teixeira -10,1 mm (-2,4%). Patos teve também um índice de chuva muito bom (680,6 mm), esse valor é superior 68% a média de chuva esperada para o período e representa 95,1% do total de chuva esperado para o ano inteiro, que é de 715,3 mm.

Tabela 4. Acumulado do período janeiro a março/2022; média acumulado período janeiro a março; diferença entre o período janeiro a março 2022 e média acumulado período janeiro a março; e o percentual em relação à média do período janeiro a março.

 

CIDADE

ACUMULADO

JANEIRO-MARÇO 

DE 2022

(mm)

MÉDIA HISTÓRICA

ACUMULADO

JANEIRO-MARÇO

(mm)

DIFERENÇA 

JANEIRO-MARÇO

2022 -MÉDIA

(mm)

PERCENTUAL EM

RELAÇÃO A

MÉDIA

(%)

CATINGUEIRA

816,4

500,5

315,9

63,1

CONDADO

666,6

416,8

249,8

59,9

DESTERRO

541,7

261,4

280,3

107,2

IMACULADA

570,6

329,5

241,1

73,2

MÃE D'ÁGUA

519,2

405,1

114,1

28,2

MALTA

558,3

409,2

149,1

36,4

PASSAGEM

456,7

389,4

67,3

17,3

PATOS

680,6

405,1

275,5

68,0

SALGADINHO

315,5

207,5

108,0

52,0

SANTA LUZIA

411,5

304,3

107,2

35,2

SANTA TEREZINHA

454,9

459,6

  -4,7

-1,0

SÃO MAMEDE

418,8

431,7

-12,9

-3,0

SÃO JOSÉ DE ESPINHARAS

535,8

482,8

53,0

11,0

TEIXEIRA

414,7

424,8

-10,1

-2,4

VISTA SERRANA

606,4

281,0

325,4

115,8

REGIÃO

531,2

380,6

150,6

44,1

                                                                                 Fonte dos dados: AESA/PB

Na Tabela 5 são apresentados os índices de chuva registrados nos meses de janeiro, fevereiro e março, bem como do período de janeiro a março das cidades de Areia de Baraúnas, Cacimbas, Cacimba de Areis, Quixaba, São José do Sabugi, São José do Bonfim e Várzea. Como foi dito anteriormente, devido estas cidades não terem ainda as normais climatológicas e nem uma série histórica de dados de chuvas, não foi possível efetuar-se uma comparação dos índices de chuvas registrados em 2022, com os respectivos índices médios, a exemplo do que foi feito no caso das outras cidades da região. Contudo, pode ser verificado nos índices apresentados na Tabela 5, que no período de janeiro a março, São José do Bonfim foi entre estas cidades a que teve o maior índice de chuva (571,1 mm), seguido pelas cidades de Quixaba e Cacimba de Areia que também tiveram bons índices de chuva 500,5  e 499,9 mm, respectivamente.

Tabela 5. Índice de chuva de janeiro/2022; índice de chuva de fevereiro/2022; índice de chuva de março/março; e índice de chuva do período janeiro a março/2022

CIDADE

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

PERÍODO

AREIA DE BARAUNAS

108,9

  82,8

181,6

373,3

CACIMBAS

  60,6

  91,6

215,4

367,6

CACIMBA DE AREIA

134,5

117,8

247,6

499,9

QUIXABA

182,2

140,6

177,7

500,5

MATUREIA

  16,9

146,1

182,8

345,8

SÃO JOSÉ DO SABUGI

103,7

101,1

237,6

442,4

SÃO JOSÉ DO BONFIM

191,5

136,6

243,0

571,1

VARZEA

101,6

  42,4

193,3

337,3

                                                     Fonte dos dados: AESA/PB

Observação: é oportuno destacar que as análises feita neste boletim tomaram como base os de chuva que chegaram na AESA/PB, até o dia 31/03/2022. Portanto, pode ser que dados de uma ou outra cidade ainda não tenham chegado na AESA, portanto, não foram contemplados nas análises. Aproveitamos a oportunidade para agradecer a AESA/PB por ter gentilmente cedido ao LABMET/UNIVASF, os dados constantes neste boletim técnico.

Esclarecimentos importantes

É importante esclarecer que para se analisar o comportamento da chuva em um certo local, o procedimento correto é fazer a comparação entre os dados observados em um determinado mês ou período e a média histórica de chuva registrada naquele mês ou período em questão. Para isso, deve se usar a série de dados observados naquele local ao longo de 30 anos ou mais. A comparação entre índices de chuvas (de um mês ou período) de um ano qualquer, com índices de chuva do ano anterior (exemplo: 2022 com 2021), não é recomendada.

Conforme as normas estabelecidas pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM), o órgão da ONU que coordena a meteorologia no mundo, para se avaliar de forma correta o comportamento de qualquer variável meteorológica: chuva, temperatura, umidade, velocidade e direção do vento, entre outras, faz-se necessário ter pelo menos uma média de 30 anos de dados daquele local (normal climatológica) ou mais de 30 anos de dados (série ou média histórica).

A comparação entre dados de um ano em curso com o anterior, pode levar a uma visão equivocada da situação; pois, se o ano anterior foi muito chuvoso e, o atual embora esteja sendo chuvoso e os índices inferiores aos do ano anterior, porém, acima da média, dá a impressão de que o ano atual está sendo pouco chuvoso, quando na realidade ele está acima da média. Por outro lado, se o ano anterior foi pouco chuvoso e, os índices foram abaixo da média e o ano atual está sendo apenas um pouco mais chuvoso, vai se ter uma impressão equivocada de que o ano atual está sendo chuvoso, embora os índices sejam menores do que a média histórica!

 

Juazeiro/Ba, 02 de abril de 2022.

Prof. Dr. Mário de Miranda Vilas Boas Ramos Leitão

Meteorologista e Coordenador do LABMET/UNIVASF

DEPOIS DE 13 ANOS SOBRADINHO CHEGA A SUA CAPACIDADE MÁXIMA DE ARMAZENAMENTE


Devido as ótimas chuvas ocorridas na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, principalmente em Minas Gerais e na Bahia, a partir de setembro do ano passado (2021), a barragem de Sobradinho, depois de 13 anos, voltou a atingir no final de março seu armazenamento máximo de 34,1 bilhões de metros cúbicos. Sobradinho havia atingido seu volume máximo em 2009, a partir daí começou a experimentar uma diminuição gradativa, atingindo no final de novembro de 2014, um volume extremamente baixo, o pior da história, apenas cerca de 1% do volume útil. Porém, é importante destacar que esta situação gravíssima, a qual chegou Sobradinho, teve duas causas fundamentais:

Primeira - A redução significativa das chuvas, principalmente em Minas Gerais e Bahia entre 2012 e 2014. Essa estiagem foi muito forte, deixando o nível de água ao longo do São Francisco muito baixo, inclusive a primeira fonte de água, na qual começa o Rio São Francisco, na Serra da Canastra/MG, parou de jorrar. Por outro lado, além de Minas Gerais a estiagem também atingiu fortemente outras áreas do Sudeste, especialmente São Paulo, levando a paralização da geração de energia elétrica em todas as hidroelétricas do estado e a interdição de hidrovias importantes, devido ao baixíssimo nível dos rios. A crise hídrica em São Paulo foi tão acentuada, que o sistema Cantareira que abastece a Grande São Paulo, no dia 10/09/2014, atingiu o índice de 9,8% abaixo de seu volume morto.

Segunda – Devido ao grande volume de água liberado por Sobradinho para gerar energia hidroelétrica, a fim de atender as necessidades, principalmente da região Sudeste, apesar do volume de água armazenado, em janeiro de 2014, já se encontrar significativamente baixo para o referido mês, apenas 18%. Por outro lado, mesmo estando entrando (afluência) no lago, apenas cerca de 300 metros cúbicos de água por segundo, a liberação de água (defluência) chegou a ser de até 1300 metros cúbicos por segundo. Isso levou a uma diminuição diária do volume do lago muito significativo, cerca de 86.000.000 m³ (OITENTA E SEIS MILHÕES DE METROS CÚBICOS POR DIA). Mas, além disso, também houve outra situação agravante que contribuiu para a diminuir ainda mais a pouca água da barragem, simultaneamente ocorreram perdas significativas por evaporação, fator normal em períodos de estiagem. Porém, tudo isso foi ignorado.

Essa quantidade de água liberada diariamente de 86.000.000 metros cúbicos, seria suficiente para encher em apenas 6 dias, o maior açude de Pernambuco, Poço da Cruz, na cidade de Ibimirim, que tem uma capacidade de armazenamento de 500 milhões de metros cúbicos. Portanto, em função de tudo que foi dito, concluímos que essa política adotada para Sobradinho, não é adequada e nem boa para o Nordeste, pois a região naturalmente, devido as condições limitadas de suprimento hídrico pelas chuvas, não dispõe de tanta água, como outras regiões do Brasil.

Diante do exposto, Sobradinho ao tingir sua capacidade máxima de armazenamento, representa uma situação de extrema importância sob vários aspectos, pois entre outros benefícios, irá garantir por um bom tempo: a geração de energia elétrica, o fornecimento de água para o desenvolvimento da agricultura irrigada na Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, bem como para a normalização do abastecimento de vários municípios dos estados citados e de outras cidades de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, através da transposição do São Francisco.

Por último, podemos dizer que uma medida mais adequada e inteligente, para que não mais venha acontecer a situação extremamente crítica de novembro de 2014, seria a adoção de uma política voltada para acelerar o processo de ampliação da geração de Energia Solar e da Energia Eólica e, simultaneamente, ir reduzindo gradativamente o uso de água na geração de energia hídroelétrica. Com isso, ter-se-ia mais água disponível para melhorar e ampliar o abastecimento humano, promover o desenvolvimento agropecuário e os demais usos. Contudo, também entendemos que embora hoje pareça algo impossível, a solução hídrica definitiva para o Sertão nordestino e outras regiões semiáridas e áridas do mundo, será a dessalinização da água dos oceanos e seu transporte através de adutoras, para as regiões necessitadas, como já ocorre no Oriente Médio e outras regiões do mundo.   

 

Juazeiro/BA, 4 de abril de 2022.

Prof. Dr. Mário de Miranda Vilas Boas Ramos Leitão

(Coordenador do LabMet/UNIVASF)

BARRAGEM DE SOBRADINHO DEVE SANGRAR NO PRÓXIMO DIA 28 OU DIA 29 DE MARÇO DE 2022

Devido as ótimas chuvas ocorridas na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, principalmente em Minas Gerais e na Bahia, a partir de setembro de 2021, a barragem de Sobradinho, um dos maiores lagos artificiais do mundo, com cerca de 320 km de extensão, uma superfície de espelho d'água de 4.214 km² e uma capacidade de armazenamento de 34,1 bilhões de metros cúbicos, em sua cota nominal de 392,50 m, depois de 13 anos deve voltar sangrar no dia 28 ou dia 29 de março de 2022! O último ano em que Sobradinho sangrou foi em 2009, e a partir deste ano o referido lago começou a diminuir o volume d'água armazenado, chegando ao menor volume de água armazenado de sua existência, menos de 1% de sua capacidade máxima de armazenamento, em dezembro de 2014. Portanto, a expectativa é muito positiva, pois isso é muito importante não só para a geração de energia elétrica, mas também para as atividades agrícolas, abastecimento de água das cidades e da transposição.

Juazeiro/BA, 22 de março de 2022.

Prof. Dr. Mário de Miranda Vilas Boas Ramos Leitão

(Coordenador do LabMet/UNIVASF)


Estações do Ano 2024